A maior medina do mundo... Fès!

Acordar em Fès...

Se você imagina Fès como foi descrita pela novela “O Clone”... Bola Fora!

Aquela beleza rica e misteriosa das mil e uma noites passa longe desta cidade.

Confesso que entrar na maior Medina do mundo, dá um friozinho na barriga. São milhares de ruelas e corredores. Os sobrados encostadinhos uns aos outros, garantem uma temperatura agradável dentro da Medina, mas fora? Ui... Tentei tirar os óculos escuros para coçar os olhos... Meu Deus, um vento quente e com muita areia, um vapor que cega.

Entre as ruelas, encontramos de tudo, principalmente pequenas e cansadas mulas, que tem prioridade de passagem – Você realmente é atropelado por elas!

Dentro de Fès vi um Marrocos, sujo, pobre, antigo e religioso... Eu posso dizer que não foi o que eu esperava, mas meu coração ficou feliz por estar ali. 

Entrar na Mesquita, escutar as orações ao fundo de nossas conversas, perceber a atmosfera mulçumana, sentir Deus novamente.

Como já descrevi em outros post`s...

Eu sinto Deus presente na cultura, nas cores, na paisagem, no chão, no ar... Cada viagem é um novo encontro com esta energia maravilhosa que governa o universo.

Barganhar regalos... É uma tarefa exaustiva no Marrocos, os ambulantes travam uma perseguição com os turistas, você se sente coagido a comprar. Realmente é muito chato. No nosso caso, isso não aconteceu. Antes de fazermos esta viagem, eu literalmente viajei em todas as publicações da vida marroquina. Eu sabia cada detalhe do costume local. Isso nos favoreceu muitíssimo, dentro da Medina de Fès os ambulantes achavam que éramos espanhóis, ou mesmo marroquinos. E as tatuagens do Renato colocaram certo medo nos homens, que não nos molestaram. Por sinal ele até conseguiu alguns fãs pelo caminho.

Mas Fès foi uma experiência única em nossa vida! Sentar no Souk, tomar um chá, admirar os tapetes, vestir os trajes típicos, ver as peças maravilhosas, as joias de prata e andar, andar, andar e andar...

Inesquecível!

Entrar no curtume, sentir o cheiro do couro lavado, ver aqueles homens trabalhando ao sol de 45°, realmente leva a reflexão...
Para quem não sabe o significado do nome Marrocos é Curtume.

Eu e o Renato estávamos ali de passagem, realizando um sonho meu, não sei se volto algum dia ao Marrocos, mas aquelas imagens, os cheiros, os olhos daquele povo, jamais iremos esquecer... Bérberes e mulçumanos... Uma coisa é fato, é um povo com um passado milenar e muita história pra contar...

Então meus amigos, para uma grande viagem é preciso dar um primeiro passo. Escolher o destino e ir... Pois o mundo é muito mais que conseguimos ver ao abrir a janela da nossa casa, é muito alem do que nossa mente consegue alcançar, o mundo é o reflexo de Deus... É Inexplicável!

Próxima parada? A Ilha + agitada do mediterrâneo... Alguém arrisca um palpite?